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Corte de árvore? Não passa de promessa!

( Quarta-feira, 13 de Abril de 2016 )

No passado dia 15 de Março, fui à Reunião de Câmara, solicitar encarecidamente ao Senhor Presidente da Câmara, o corte da árvore ou dos ramos, corte esse que ando a solicitar via email há mais de um ano.

Sinceramente vim contente pelo que o Senhor Presidente disse que ia fazer, cortar a mesma, acontece que decorrido todo este tempo ainda nada foi feito.

Publico na integra a minha intervenção, que retirei da ata da Câmara, bem como um parecer que solicitei a um técnico responsável, pelo ambiente com bastante conhecimento sobre árvores, bem como algumas fotos, posto isto!

Sinto que fui enganado.

Mas na próxima Reunião de Câmara lá estarei, para relembrar mais uma vez.

Adriano Filipe

“CÂMARA MUNICIPAL DE SINTRA

INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

 

Usou da palavra o Munícipe Sr. Adriano Caetano Filipe, residente na Rua da Saloia Nº 3, na Várzea, sobre o corte de árvores.

 

O Sr. Munícipe, referiu: Antes de entrar no que me trás cá, quero dizer ao Sr. Presidente que as vezes que venho aqui não é com pedras no sapato, nem com malandrice. Quero aproveitar para felicitar o Sr. Presidente e toda a Câmara pelas informações que o Sr. Presidente deu, porque não imagina a alegria que hoje senti pela venda do Hotel Netto. Esperemos que o homem cumpra com tudo e que não aconteça o que aconteceu nos Salgados. O Hospital de Sintra também já está vendido pelo que agora o Sr. Presidente terá que pensar em 3 coisas. Uma é no estacionamento. Não sei se o Sr. Presidente souber que esteve previsto um estacionamento por baixo da Volta do Duche para 330 viaturas. No meu primeiro ano de mandato como Presidente da Junta, foi apresentado nesta sala, pelo Sr. Arquiteto Nuno Serrano, o projeto de estacionamento perante os operadores turísticos, os sindicatos, os taxistas e a população. Toda a gente estava de acordo com aquele estacionamento. A única preocupação que as pessoas manifestaram tinha a ver com a entrada e saída da Vila. A Dra. Edite Estrela, Presidente na altura, foi alvo de uma moção de censura por parte do PSD por não ter ainda começado o parque. Mas depois o PSD deu uma cambalhota e já era contra, e o parque não se fez. O Sr. Presidente tenha em atenção o parque de estacionamento, e com mais 2 hotéis não se pode esquecer da conduta de água e o saneamento básico que não temos na Vila. Foi sempre uma das coisas porque lutei e não foi fácil enquanto Presidente da Junta porque são muitas as entidades a mandar. Felizmente parece que o Sr. Presidente se movimenta bem, pelo que aproveite para ver se conseguimos desta vez ter um estacionamento para tirarmos aqueles pirilampos à volta das estadas, porque parece que estamos no natal.

 

Servi a causa pública durante dezasseis anos consecutivos. Doze como Presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho e quatro como Assessor do então Presidente Fernando Seara. Ao longo desse tempo o meu número de telemóvel sempre foi o mesmo e esteve disponível durante 24 horas por dia. E ainda continua. Só não recebe chamadas não identificadas. Sempre respondi a quantos me escreviam. Sempre atendi as pessoas que comigo queriam falar. Tudo fazia para resolver as situações que me eram solicitadas, independentemente das cores políticas. Para mim o que contam são as pessoas. Estas, ou são boas, dedicadas, interessadas, ou não prestam. Sempre fui assim porque fui eleito para servir a população. Ainda hoje o faço, dando conhecimento às entidades responsáveis das anomalias que encontro na via pública. Mas há muitas coisas que mando para o Sr. Presidente que se fazem em cinco minutos e não são feitas. Por exemplo, os barris todos podres que estão na rotunda do Lourel. É só lá chegar um carro e tirá-los. Outro exemplo, a Várzea é servida por dois chafarizes públicos e são os únicos na freguesia que não têm água. Mas o Sr. Presidente não tem culpa ...

 

O Sr. Presidente, referiu: Não tenho tido conhecimento daquilo que me manda.

O Sr. Munícipe,  referiu:  Nos   anos  81/82  era  a  Câmara  presidida  por  um   grande

Presidente o Dr. Fernando Tavares de Carvalho. Colocaram um tapete betuminoso no largo onde moro. Entre os tapetes de alcatrão ficou um espaço sem nada. Juntámo-nos, eu, a minha mulher, a minha sogra e as minhas vizinhas e comprámos terra, comprámos flores e um cedro e fizemos um jardim. Durante a semana eram as minhas vizinhas que regavam e ao fim de semana era a minha mulher. Posteriormente, outro grande Presidente passou por Sintra, a Ora. Edite Estrela, e todos os espaços ajardinados passaram protocolados para a Junta de Freguesia, onde ainda se mantêm hoje. Em relação ao Sr. Presidente tenho a ideia de que é uma pessoa muito humana, muito atenciosa, muito prestável, muito interessada e sempre disponível para as solicitações que lhe fazem.  Ou  seja,  um  Presidente  do  povo. Infelizmente  todos estes predícados

nunca funcionaram comigo. Até um convite pessoal que fiz, ficou sem resposta. Não esquecendo a reunião que solicitei em tempos e que nunca foi marcada. A não ser que os Serviços soneguem a correspondência que envio ao Sr. Presidente.

 

Junto à minha casa tenho uma árvore, um cedro, do qual sempre que chove ou faz vento

forte caem ramos. Ainda nenhum caiu em cima de alguém, ou das viaturas que ali pernoitam. Tenho lá fora para mostrar ao Sr. Presidente, porque não o deixaram entrar, embora venha embalado para não sujar o chão, o último ramo que caiu. Para o Sr. Presidente ver se caísse na cabeça de alguém o que podia acontecer. Desde fevereiro de 2014 que ando a pedir à Câmara que faça o abate desta árvore e a Câmara não responde e não a abateu. Quando os ramos  esgalham a Câmara manda lá os jardineiros com ordem expressa que só podem cortar os troncos já partidos. Fui falar com o Sr. Eng. Filipe que me disse que tinha feito uma avaliação à árvore e que esta reunia todas as condições de segurança, mas este mesmo Senhor também em 2014 foi fazer uma avaliação a uma palmeira na Tapada das Mercês e disse não ser necessário cortar que estava de boa saúde e passados uns dias e caiu em cima de uma viatura.

 

Vou ler um parecer  que solicitei  e que  vou  entregar ao Sr. Presidente: "Este exemplar

está completamente deformado. Na prática é apenas um tronco com ramos no topo devido à poda mal executada, com eliminação de ramos que mantinham uma estrutura equilibrada da árvore e por uma queda de ramos por ação de ventos, ou outras, que demonstram que a árvore não está saudável. Este exemplar não pode ser considerado...  

 

Lembro  ao  Sr.  Presidente duas situações: Em junho de 2014 caiu uma pemada de uma

árvore centenária junto ao Palácio Nacional de Sintra. Era uma tília. A Parques de Sintra-Monte da Lua acabaram por cortar a tília pois podia pôr em perigo quem ali passasse. Esta foi uma preocupação responsável. Agora se aquele tronco cai em cima da minha da minha filha ou da minha neta quando a vai pôr ao carro?

 

Houve um acontecimento que não esqueço e que muito me traumatizou. A queda do tronco de uma árvore, que caiu na área da minha freguesia, precisamente em cima de uma família de Fridão, Amarante, que tinha vindo visitar Sintra e que estava a fazer um piquenique, matando um bébé com 6 meses e a sua avó. Foi na estrada da Pena. Sei o que senti na igreja em Fridão, ao lado do Sr. Presidente da Junta de Freguesia, a assistir à missa. Fui a única pessoa de Sintra que foi ao funeral e dar os sentimentos à família. Vi a dor dos familiares e amigos da família. E aqui a culpa morreu solteira. A Câmara nunca conseguiu apurar se o terreno era particular, se era do Monte da Lua, se era da Câmara.

 

Peço encarecidamente ao Sr. Presidente que, se não quiserem cortar a árvore, pelo menos cortem aqueles ramos para que mais nenhum caia.

 

Continuarei a mandar e-mails para o Sr. Presidente. Veja a questão dos barris que é uma vergonha, os dois chafarizes da Várzea, a degradação daquele prédio na Ribeira que está a cair para a estrada. Na estrada do Carvalheiro, do lado direito, há um edifício todo aberto, todo rachado, que vai cair. Mandei na quinta-feira um e-mail ao Sr. Presidente sobre esse assunto. Mais uma vez felicito o Sr. Presidente pelo que está a fazer por Sintra porque é a minha terra e a minha freguesia S. Martinho. Ainda tenho esperança que este Governo cumpra o que disse de repor as freguesias como eram. Por isso eu serei candidato à Junta de S .. Martinho se for única e não fizer parte das outras.

 

O Sr. Presidente, referiu: É sempre bem-vindo e ouço-o sempre com muita atenção.

Peço desculpa de ainda não ter falado para si mas tenho tido uma vida muitíssimo ocupada. Agora, sabe bem que apreciamos o trabalho que fez e o trabalho que faz porque é muito útil. O concelho é muito grande, temos muitas coisas para fazer e tudo aquilo que puder ajudar diga se faz favor. Há coisas que vêm e vão imediatamente para os Serviços. Em coisas que não sejam resolvidas, insista. Diga: isto foi feito no dia tal e não foi resolvido. Porque tem razão quando diz que há pequenas coisas que podem ser resolvidas rapidamente. A informação que tenho dos Serviços é que a árvore não identifica riscos de queda de ramos e não identificamos sinais de deficiências

O Sr. Munícipe, referiu: Pela fotografia vê-se como ela era e como agora está.

O Sr. Presidente, referiu: Vamos ver isto com todo o cuidado e se não houver nenhuma intervenção exterior  cortamos  a árvore. Vê-se pelas  fotografias que o cedro está muito despido.

O Sr. Munícipe,  referiu: No  início  do  mandato dei uma entrevista ao Rádio Clube de Sintra, quando Sintra tinha rádios e jornais, e disse que era muito importante as pessoas comunicarem tudo o que vissem, nem que fosse só uma pedra da calça retirada.

O Sr. Presidente, informou: Estamos à beira de ter uma aplicação no telemóvel, em que um Munícipe pode identificar tudo o que vir de mal e enviar para a Câmara.

O Sr. Munícipe, referiu: Só não fiz isso na  Junta de  Freguesia  de S. Martinho  porque não tinha dinheiro. A Junta de Freguesia da Lapa já tem esse sistema. Por exemplo, na valeta de S. Pedro até cá abaixo, se faltarem duas pedras na calçada, se chover, a calçada é quase toda destruída.

O Sr. Presidente,  informou:  A  Câmara  está  a  testar um  método  nas  estradas que é fantástico. Quando há fissuras nas estradas a água da chuva entra lá para dentro e dá cabo das estradas, pelo que há um método em que uma máquina faz o produto e tapa a fissura. Em relação a pavimentos que não estejam muito maus, há também um novo método que é uma capa fina que cobre o anterior piso.

O Sr. Presidente desejou a todos uma boa Páscoa.”

 

PARECER SOBRE O CEDRO

Este exemplar está completamente deformado.

Na prática é apenas um tronco com ramos no topo.

Devido a poda mal executada, com eliminações de ramos que garantiam uma estrutura equilibrada desta árvore, e por queda de ramos por acções do vento ou outras, e que demonstram que a árvore não está “saudável” este exemplar não pode ser considerado uma árvore saudável e equilibrada.

Não tem um porte característico, tem um tronco, com ausência de ramos laterais, tendo apenas dois ramos que partem de uma bifurcação, em sentido vertical com ramos em “penacho”. Não fornece sombra, não tem equilíbrio estético, a sua produção de oxigénio é limitada (quando comparada com uma árvore com estrutura natural). É uma aberração. É o exemplo do que não deve ser uma árvore em espaço público.

Por não ter o seu porte natural não tem uma estrutura equilibrada.

 Não há uma harmonia e equilíbrio que seria garantido pelo porte natural. Quando fustigada pelo vento, por exemplo, tende a tombar no sentido do vento. O facto de ter “ramos em penacho” vem reforçar esta dinâmica de queda.

Esta árvore tem uma outra condicionante bastante importante. Como está plantada num canteiro, rodeada de via de circulação em betuminoso, o crescimento das suas raízes está condicionado. As raízes de uma árvore, por norma, desenvolvem-se harmoniosamente numa dimensão igual à sombra da árvore (com desenvolvimento normal sem ser podada). 

Neste caso as raízes não se desenvolveram em toda a sua plenitude o que implica que a árvore não está a receber os nutrientes em quantidade suficiente o que pode provocar stresse e decadência. Por outro lado as raízes não estão a cumprir a sua função de âncora, isto é, este exemplar pode não estar suficientemente “agarrado” ao solo”.

Tomemos como exemplo uma pessoa em pé de pernas ligeiramente afastadas de braços ligeiramente abertos. Se for empurrada consegue equilibra-se (os pés são as raízes e os braços os ramos). A mesma pessoa com os pés juntos e os braços encostados ao corpo, e para o exemplo se aproximar deste exemplar, com um cesto de roupa à cabeça, se empurrada cai. 

Concluindo – Está árvore não está dinamicamente equilibrada. Não tem as características associadas à espécie e representa a curto prazo risco de queda de ramos e mesmo de queda total se exposta a ventos fortes. Devido à sua fragilidade estrutural e também ao stress a que está sujeita apresenta riscos acrescidos de desenvolver patologias, desenvolver agentes patogénicos que podem aumentar o risco de danos no espaço público (bens e pessoas).

 

A árvore como era


Como fica com a chuva e o vento

 

Um dos muitos ramos que caíram

 

A árvore como está atualmente

 

 

 

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Adriano Filipe

 

 

 

 

 

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