Andei muitos anos iludido

Vários anos pertenci a um grupo que se intitulava os Amigos da Baiuca, onde começamos numa garagem do Sr. José Luís Alvelos, nas instalações do Sintrense, onde almoçávamos diariamente pagando 5 euros, com o remanescente e anualmente fazíamos um passeio com almoço, infelizmente no tempo em que pertenci a este grupo, perdemos o Miguel e o Luís de Oliveira, que faleceram, o Francisco Pacheco, o Baleia, o Luís da Misericórdia e o José Paulo, que saíram incompatibilizados, com os mesmos que me fizeram afastar, mas por minha decisão.  

Posteriormente na Direção do Sintrense presidida pelo Eng. Neto Filipe, alugamos uma dependência, fizemos obras e compramos mobiliário, colocamos TV por Cabo, onde eu suportei um valor financeiro elevado, assim como os outros, ficamos com uma instalação condigna, onde almoçávamos e por vezes eram feitos convites a outras pessoas.

Em Setembro ou Outubro de 2016, o Sr. Carlos Alvelos propôs que comprássemos jogo ao seu genro, eu na altura por dificuldades financeiras e porque nunca fui amante de jogos, não aderi.

Passado algum tempo, o Sr. Carlos Alvelos durante um almoço, disse que se iria fazer um passeio, pois já tinham saído vários prémios financeiros, perguntando-me se eu queria ir, disse que sim, que iria, mas respondeu-me, mas tu não fazes parte da sociedade, fiquei perplexo com este falso convite, e perguntei se o valor dos prémios que tinham saído, referente ao jogo comprado, se este tinha sido pago pela sociedade a qual não pertencia ou se tinha sido pago pela Baiuca, à qual eu pertencia, disse-me que tinha saído na sociedade a qual não tinha querido participar, imediatamente respondi que não iria e perguntei então por que me convidaste, nada mais me respondeu, nem ele nem os outros elementos da Baiuca. Nesse passeio que não fui durante o almoço, o Sr. Herminio Pedro, telefonou-me e disse: o Amigo Adriano merecia estar neste almoço e mais não digo, desligando de seguida, como noutras ocasiões me chegou a dizer o Adriano devia aparecer para dar uma chapada de luva branca, a Baiuca é de todos, não é deles, não sei a quem se referia.

Fiquei triste e revoltado, pois todos concordaram com o Carlos Alvelos, nem me propuseram como já tinham feito a um Senhor da Portela, que o convidaram para ir a um passeio da Baiuca, dizendo que ele pagou o valor respeitante que calhou a cada um de nós.

Mesmo triste mas continuei, menos vezes, a ir almoçar com eles, num almoço, o Sr. José Luís Alvelos, perguntou a um dos presentes, se levava a Mulher, pois ele necessitava de marcar os quartos, nisto o Sr. Armando, que estava sentado ao meu lado direito, perguntou-me o Sr. Adriano não vai, eu perguntei onde; no passeio vamos subir o Douro, disse-lhe eu não sei de nada, nisto o Sr. José Luís Alvelos, que ouviu, perguntou-me: ninguém te disse nada, respondi que não e disse-lhe uma frase que este repetia muitas vezes, “Só faz falta quem está cá eu estou mas não faço falta”.

A partir daquele dia deixei de vez de ir almoçar com eles, em Dezembro de 2016, o Sr. José Manuel Pereira, perto do Natal, como sempre fazia, ofereceu-me hortaliça da sua horta, foi leva-la à loja da minha Mulher em Vila Verde e disse à minha Mulher, que tinha pena de eu ter desistido de frequentar a Baiuca, a minha mulher respondeu, alegando o que se tinha passado, o Sr. José Manuel Pereira, disse-lhe que eu tinha razão, que passava-se muita coisa que ele também não concordava.

Entretanto em Dezembro de 2016, o Sr. José Luís Alvelos, telefonou-me a convidar para o habitual passeio anual da Baiuca, não aceitei e disse que não me sentia em condições de ir desfrutar de um passeio, pois participei em muitos poucos almoços, que tinha pago muito pouco, não fui.

Quando soube, pelo Sr. Herminio Pedro, que o Sr. José Luís Alvelos, esteva internado no Hospital da Amadora, telefonei diariamente ao Sr. Herminio Pedro e posteriormente ao Sr. José Luís Alvelos, até ao dia em que teve alta, inteirando-me do seu estado de saúde, inclusive prontifiquei-me em o ir buscar ao Hospital, só não aconteceu pois já tinha combinado com o seu Filho.

Em Julho de 2017, recebi a carta acima publicada, evidentemente que disse e cumpri, que a mesma não iria ter resposta, nem por escrito nem verbalmente.

Posteriormente, para minha surpresa, quatro elementos deste grupo deixaram-me de falar, não divulgo o nome dos três que continuam a falarem comigo, para evitar eventualmente algumas represálias.

Cada um tem o que merece, quatro não mereciam ter a minha Amizade e tiveram-na, como fui ingénuo!

 Adriano Filipe