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A três anos do Centenário, era impensável que algum Sintrense, pensasse viver a situação financeira a que o Meu Clube chegou.
Após a minha saída em 20 de Janeiro de 2006, as Direcções que me sucederam, excepção feita à liderada pelo Alberto Baptista, entenderam não dar cumprimento à deliberação da Assembleia-geral, onde esta aprovou com 196 votos a favor e 2 abstenções, que os valores a receber da transferência do Luís Loureiro para o Dínamo de Moscovo 80.850€, o reembolso do Iva 50.532,79€, já recebidos, bem como os 200.000€ da Gasolineira com intervenção da Câmara, esta ainda não recebida, logo que recebidas deveriam ser entregues na Caixa de Credito Agrícola, para amortização do empréstimo ali contraído, para a construção da bancada nascente, também esta aprovada em Assembleia-geral.
Não sei, o que levou a Direcção através dos Directores: Neves Pedro, Veríssimo dos Reis, Serra de Almeida, Jorge Cardoso, Nuno Silvestre, António Jorge e António Jacinto, contou igualmente com as presenças de Octávio Silva e Sérgio Camacho, do Conselho Fiscal, que em reunião de Direcção realizada em 02.03.2007 (catorze meses depois), decidiram não acatar a deliberação da Assembleia-geral, por acharem que a proposta que cativava tais verbas era ilegal, no entanto receberam as verbas dando destino diferente às mesmas, originando com esta sua leviandade, a instauração de duas Acções Judiciais, pela Caixa de Credito Agrícola, que correm no Tribunal, contra o Meu Clube e seus Avalistas, onde eu me incluo. Se tivessem cumprido com o deliberado na Assembleia, entregando as verbas, hoje deviam somente a quantia de mais ou menos 150.000€ incluindo juros e não o que está peticionado nas Acções que correm em Tribunal, pois o valor das mesmas é de 287.022€, referente ao capital e juros em divida.
Com esta decisão, com a falta de receitas que o Meu Clube tem e com a gestão efectuada, chegou a uma situação impressionante e insustentável, a avaliar pelo relatório do Conselho Fiscal, entregue aos Associados juntamente com a Conta Gerência, 2007-2208, que foi aprovada por maioria na passada Sexta feira e publicitado no Site Oficial do Clube, que com a devida vénia o transcrevo.
E agora o que fazer?
Adriano Filipe
PARECER DO CONSELHO FISCAL
Cumprindo o mandato que nos foi conferido e de acordo com as disposições estatutárias em vigor, o Conselho Fiscal do Sport União Sintrense, composto pelos sócios Joaquim Jorge Luís (sócio nº 1435) e António Jorge Fonseca Manata (sócio nº 99), reuniu no decorrer do presente mês de Outubro, a fim de proceder à análise da Conta de Gerência do período de 01 de Julho de 2007 a 30 de Junho de 2008.
Este órgão fiscalizador com base na análise de balancetes e outros mapas financeiros facultados pela Direcção, procedeu à verificação dos registos contabilísticos que serviram de suporte à conta de gerência, tendo-se concluído estarem devidamente elaborados e permitirem acompanhar a gestão, as actividades e tomar conhecimento das respectivas variações financeiras e patrimoniais.
O Conselho Fiscal tomou conhecimento que a Direcção mantém o firme propósito de estabelecer um Orçamento com base no equilíbrio entre Receitas e Despesas de forma a não agravar o "deficit" de exploração, decisão que merece todo o apoio deste Conselho.
Em nossa opinião a informação financeira elaborada pela Direcção traduz de forma adequada a situação muito difícil que o Sport União Sintrense atravessa à data de 30 de Junho de 2008. É fundamental eliminar os "deficits" correntes e apresentar medidas estruturais que permitam corrigir a grave situação de Balanço.
Feito o exame dos mapas contabilísticos – Balanço Geral, Demonstração de Resultados e respectivos anexos, balancetes do Razão, poderá concluir-se que o Resultado Líquido do exercício se traduzirá num prejuízo de 149.954,18 euros, valor ligeiramente inferior ao verificado no exercício anterior.
Tendo em atenção que durante o período em análise foram eleitos novos Corpos Sociais em Novembro de 2007, apresentam-se alguns quadros que distinguem saldos dos dois períodos, de forma a permitir aos Srs. Associados uma melhor compreensão da evolução das Contas, sendo que os Corpos Sociais actualmente em funções entraram em funções em 30 de Maio de 2008.
Como já se indicou a situação financeira do Clube à data do encerramento das Contas deste exercício é preocupante, pelo que entendemos dever referir ainda os seguintes pontos que nos parecem de particular relevância:
i) O valor do Fundo Social que em 30.06.2007 era de 88.239,31 euros, apresentou em 30.06.2008 um saldo negativo de 68.054,49 euros, facto que decorre da transferência dos resultados
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