Cheguei à Conservatória pelas 9:30 horas, dirigi-me à maquina que emite a senha com o numero para posteriormente ser chamado, carreguei mais que uma vez na quadricula que dizia Cartão Único, pois é assim que actualmente se chama, mas a maquina não emitia a senha.

Contactei com uma funcionária, por sinal muito simpática, que me informou já não ser possível obter uma senha, para tratar do Cartão Único, pois nesta Conservatória só tratam de vinte e quatro cartões por dia, num Concelho com 400.000 residentes.

Fiquei apreensivo e interroguei-me, da veracidade a tanta publicidade que se ouve e lê, das novas tecnologias, caso do Simplex, de ser possível divorciar-me pela Internet, de poder criar uma empresa na hora, entre muitas outras inovações e desburocratizações anunciadas.

Fui-me embora, mas feliz, sim feliz, pois lembrei-me que na semana passada tive de recorrer ao Hospital Fernando da Fonseca, onde aguardei mais de quatro horas para ser atendido, mas fui atendido e medicado, se a Administração do Hospital, seguisse o critério da Conservatória do Registo Civil de Sintra, certamente já não necessitava de renovar o meu Bilhete de Identidade.

Parafraseando o jornalista Mário Crespo, é um caso para dizer; Façamos de conta, que esta situação não existe! Que é um sonho.

Adriano Filipe